O técnico Bruno Coutinho falou nesta terça-feira (19), em entrevista ao Jornal do Diário, na TV Diário, sobre a emoção de levar o Inter de Santa Maria de volta à Primeira Divisão do futebol gaúcho depois de 14 anos. O comandante alvirrubro afirmou que só agora conseguiu dimensionar a conquista, mas destaca a sensação de dever cumprido.
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— Assim, de fato, caiu a ficha hoje. Nós temos uma adrenalina que toma conta durante os jogos. O pós-jogo é sempre muito difícil, ganhando ou perdendo, a cabeça não para de trabalhar. Agora estamos começando a entender o que isso vai se tornar nas nossas vidas, porque, de fato, se entra para a história e será lembrado por muitos anos. A cidade comprou a ideia conosco, fizemos uma campanha muito sólida. Acho que ninguém tiraria esse acesso do Inter-SM — disse.
Natural de Porto Alegre, Bruno Coutinho começou a carreira como atleta no Grêmio, aos 16 anos. Teve passagem pelo futebol asiático e encerrou a trajetória como jogador no Japão, em Tóquio. A partir dos 25 anos, passou a se preparar para ser treinador. No fim de janeiro deste ano, recebeu o convite do presidente Pedro Della Pasqua para comandar o Inter-SM e conquistou o acesso em menos de oito meses.
— Eu sou muito grato de ter recebido essa oportunidade. Fico lisonjeado pelo convite do Pedro. Tudo que planejamos, conseguimos na prática. Isso é muito satisfatório — afirmou o treinador.
Coutinho também comparou a campanha do Alvirrubro com a do Monsoon, clube pelo qual conquistou o acesso à serie A do Campeonato Gaúcho no ano passado. Para ele, a diferença está no peso da camisa colorada e na relação com a torcida.
— A campanha foi parecida, com apenas uma derrota, sempre no topo da tabela. O gosto e a sensação de ser o comandante técnico do Internacional é completamente diferente do ano passado. Aqui, vive-se essa paixão, esse sentimento, e é histórico por isso, porque move a paixão de tanta gente – contou.
Próximos passos
Sobre o futuro, o técnico deixou clara a vontade de permanecer no clube para a disputa da Série A do Gauchão em 2026.
— Tenho vontade de ficar e dar sequência num trabalho. Me motiva muito ser o treinador do Internacional de Santa Maria, principalmente depois do que aconteceu. Já está no coração — afirmou.
Coutinho reconhece que a próxima temporada exigirá maior investimento para que o Inter tenha condições de competir com os demais clubes da elite estadual:
— O índice técnico logicamente sobe. O mercado é muito mais acirrado. Precisamos subir um degrau a mais em investimento financeiro para poder competir. Mas temos muitos atletas que permanecerão, e a ideia é manter a base e reforçar as peças necessárias – explicou o treinador.
Dois jogos para fechar a campanha histórica
Mesmo com o acesso garantido, o treinador destacou a ambição de buscar o troféu da Divisão de Acesso.
— Quem sempre é lembrado são os campeões. A foto de campeão é a que vale mais. A oportunidade de ganhar um título com a camisa do Inter de Santa Maria é muito clara, muito próxima – reforçou.
O Inter-SM enfrenta o Novo Hamburgo, no domingo (24), no Estádio do Vale, às 18h, no jogo de ida da final da Divisão de Acesso. A decisão está prevista para ocorrer no próximo domingo (31), no Estádio Presidente Vargas, em Santa Maria.